Desliza no meu pensamento
O desejo de ir a teu encontro
Fecho os olhos e escuto tua respiração
Em um sussurro poético
Consiste a busca insaciável
Por tua pele na ponta dos meus dedos
Cavalgando suavemente entre tuas permissões
Tocando-te em vôos noturnos
Como podes ser tão pueril?
Como podes ter tanta suavidade?
Como podes ser tão secreto?
Que sinto o infinito, ao me aproximar de ti
E nesse pensar, tão deslizante
Neste desejo de te encontrar
No olhar tão penetrante
Para imaginar nossa posse, devo nos acordar
quinta-feira, 25 de maio de 2017
terça-feira, 25 de abril de 2017
sábado, 22 de abril de 2017
Beijos (2017)
Que beijo intenso.
Sugado de mim.
Em vai e vem de lábios puros
Ávidos por serem assim
Que beijo impróprio
Em escala de tempo e espaço inatingíveis
De partes permitidas de nós
De lados escondidos de mim
Que beijo, Meu Deus !!
Quantos beijos !! Quais beijos !!
Acompanhados de abraços,
Vinho e ambição
Cada beijo perseguido, atormentado
Entre o talvez e o não.
Cada beijo lembrado, assim devagarinho
Pleno de paixão
Beijos infinitos, tesados de sofreguidão
Cada beijo apapalpado, querendo permissão
Meu Deus!! Cada beijo !!
Secular. Milhões de beijos em um único beijo...
... de aceitação.
Sugado de mim.
Em vai e vem de lábios puros
Ávidos por serem assim
Que beijo impróprio
Em escala de tempo e espaço inatingíveis
De partes permitidas de nós
De lados escondidos de mim
Que beijo, Meu Deus !!
Quantos beijos !! Quais beijos !!
Acompanhados de abraços,
Vinho e ambição
Cada beijo perseguido, atormentado
Entre o talvez e o não.
Cada beijo lembrado, assim devagarinho
Pleno de paixão
Beijos infinitos, tesados de sofreguidão
Cada beijo apapalpado, querendo permissão
Meu Deus!! Cada beijo !!
Secular. Milhões de beijos em um único beijo...
... de aceitação.
Mastiga (2017)
Mastiga o nada.
Que ele se desfaz em saliva.
Mastiga o tudo.
Antes que ele te cuspa.
Entre o tudo e o nada
Sozinhos ou juntos?
Sei lá. Mastigue-os.
Antes que te engulam
Que ele se desfaz em saliva.
Mastiga o tudo.
Antes que ele te cuspa.
Entre o tudo e o nada
Sozinhos ou juntos?
Sei lá. Mastigue-os.
Antes que te engulam
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Corto (2017)
Corto devagar os papeis sobre a mesa
Fazer confetes de papeis sucateados
Corto devagar papeis com a tesoura insensível
Insensível ela está aos papeis e a mesa
Recortadas ficam ... ali: as sobras, largadas
Picados os papeis, os registros, as memórias
Tesoura ali. Insensível. Plissada.
Querendo desfazer-se do papel e da mancha fabricada
Corto devagar os papeis. Silenciosamente.
Recorto-me em papeis. De papeis insidiosos.
Fico-me nas sobras do nada recortado.
Acabam as memórias, preenchidas de manchas.
Mancho-me de confetes de papeis sucateados.
Insensivel, como uma tesoura silenciosa.
Devagar, como papeis vão sendo picados.
Mancho-me ao encerrar as memórias do nada.
Fazer confetes de papeis sucateados
Corto devagar papeis com a tesoura insensível
Insensível ela está aos papeis e a mesa
Recortadas ficam ... ali: as sobras, largadas
Picados os papeis, os registros, as memórias
Tesoura ali. Insensível. Plissada.
Querendo desfazer-se do papel e da mancha fabricada
Corto devagar os papeis. Silenciosamente.
Recorto-me em papeis. De papeis insidiosos.
Fico-me nas sobras do nada recortado.
Acabam as memórias, preenchidas de manchas.
Mancho-me de confetes de papeis sucateados.
Insensivel, como uma tesoura silenciosa.
Devagar, como papeis vão sendo picados.
Mancho-me ao encerrar as memórias do nada.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
Convida-me? (2016)
Convida-me para uma noite de vinhos e conversa
Para uma noite de andanças despretensiosas
Convida-me para uma adega de bons pensamentos
Para uma noite de inteligência e risos
Convida-me para olhares furtivos, com descobertas inocentes
Em uma noite sem grandes rompantes
Vinho, risos, descobertas
Convida-me. Assim de simples: o direito de nos (re)conhecer.
Convida-me para nos sentirmos vivos.
Como vivo é deixar-se querer.
Para uma noite de andanças despretensiosas
Convida-me para uma adega de bons pensamentos
Para uma noite de inteligência e risos
Convida-me para olhares furtivos, com descobertas inocentes
Em uma noite sem grandes rompantes
Vinho, risos, descobertas
Convida-me. Assim de simples: o direito de nos (re)conhecer.
Convida-me para nos sentirmos vivos.
Como vivo é deixar-se querer.
Morto (2016)
E o olhar se modifica em mim.
A face do que não sei confronta a impaciência
E desfaz a memória da angústia.
Revela-se a alegria.
Revela-se uma fantasia.
Póstumas andanças de alguém que não existe
Salvo quando encontra o calor de uma lembrança
Distinguir caminhar e pensamento
Contemplar paisagem e lamento
É extinguir a paz que insistiu em estar
Mandem vir os algozes da solidão
Mandem laurear a vitória de Sísifo
Mandem subir a glória de Prometeus
Porque não há nada mais a fazer
Com esse olhar que se modificou.
Morto.
A face do que não sei confronta a impaciência
E desfaz a memória da angústia.
Revela-se a alegria.
Revela-se uma fantasia.
Póstumas andanças de alguém que não existe
Salvo quando encontra o calor de uma lembrança
Distinguir caminhar e pensamento
Contemplar paisagem e lamento
É extinguir a paz que insistiu em estar
Mandem vir os algozes da solidão
Mandem laurear a vitória de Sísifo
Mandem subir a glória de Prometeus
Porque não há nada mais a fazer
Com esse olhar que se modificou.
Morto.
Assinar:
Comentários (Atom)