domingo, 26 de maio de 2013

RONDA, 1953 (Paulo Vanzolini)

Paulo Vanzolini, pesquisador, poeta... Saiba mais:
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/192/o-cientista-poeta-288077-1.asp

RONDA
De noite eu rondo a cidade 
A te procurar sem encontrar 
No meio de olhares espio em todos os bares 
Você não está 
Volto pra casa abatida 
Desencantada da vida 
O sonho alegria me dá 
Nele você está 
Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse 
Esse alguém me diria 
Desiste, esta busca é inútil 
Eu não desistia 
Porém, com perfeita paciência 
Volto a te buscar 
Hei de encontrar 
Bebendo com outras mulheres 
Rolando um dadinho 
Jogando bilhar 
E neste dia então 
Vai dar na primeira edição 
Cena de sangue num bar 
Da avenida são joão
............
Interpretação de Maria Betânia: http://www.youtube.com/watch?v=m1QOGybRmkQ

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Rima de amor (2007)

O dia brilhou
A chuva não veio...
 
Um anjo piscou
Você estava no meio
 
Deus te abençou
E teu amor me acertou de cheio...

(enviado por email  para Veronica Brasil, em 28.12.2007)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Mansidão... (2013)

Na esquina encontro obscuros encantos
Que fogem resignados a partir do nada
Enquanto cedem o lugar para o desengano
E a memória se desfaz, inquieta.

Nada fica. Tudo se foi. E o que virá?
Tormento e desejo. Paz e sossego. Desamor e apego.
Um ritmo insensato e insano. Ao mesmo tempo, uma calma
Tão pouco revista.

Quebro teu rosto.
Mordo tua língua. Tenho ira!
Odeio com todas as minhas entranhas
Pelo quanto que me fazes perder tempo.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Que mais? (2013)

Se dói o peito, prende e não se respira
Que mais precisa para saber
Que não é possível parar

Se dói, incômodo e crescente
E a mente discorda
Que mais precisa fazer
Para superar?

Por favor, sua mente vai quebrar você inteira.
E sua vontade vai morrer frustrada.
Vendo você decidir ficar parada
Quando sabe exatamente o que deve fazer.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Excelsio Hominis et... Querer. Não Querer. Pensar!! Fragmentos em si. (2013)


Não quero que esses textos se percam nas páginas efêmeras da Internet.
Não quero propor uma divisão estúpida de tudo em “bom” e “mau” e “ponto final”. 
“Eu não quero ir para o recreio! Quero estudar!!!!!!”
“...não quero me comprometer/ não vou me comprometer/ e tenho raiva de quem se compromete com algo além do mínimo exigido em sala”
 (não quero aqui falar da vida pessoal de ninguém, que pode até ser pior...).
É obvio que não quero atribuir às diversas “escolinhas” de televisão, inspiradas na criação de Chico Anísio, a culpa pelo problema de auto-estima dos professores brasileiros,
Bem, não quero falar aqui das dificuldades da profissão, da violência manifesta dentro da escola e ainda dos baixos salários.
Não quero e não vou mais ser professor.

"Querida mãe, você sabe que eu te amo".

não foram escritos para agradar ninguém: foram escritos para fazer pensar.
É a desprofissionalização do profissional docente, que o induz a pensar como o escravo
a gente nunca pode ter uma ideia, nunca pode pensar sozinho.
Pensar independentemente é um pecado intolerável na academia, a menos que você seja um “medalhão”!
Já pensaram uma educação assim?! Há anos, fico pasmado diante desse pensamento!
Ao final, perguntei se isso não seria merecedor de alguma atenção e sugeri que se deveria pensar no caso.
me disse que “aluno não tem que pensar, tem que aprender”.
Eles foram impedidos em sua liberdade de pensar
Alguém que não aprendeu a pensar pode ser livre?
se descobrir como alguém que pode, simplesmente, parar, pensar e dizer não.

Já era hora de pensar isso de uma forma melhor neste país.

(*Fragmentos livremente extrapolados por mim! abusivos! Retirados de Celso Ferrarezi, professor Universitário. Ver:http://www.cferrarezi.com/, mas também divulgados em: artefatocultural.com.br)

domingo, 20 de janeiro de 2013

CARTA DE KARL MARX... 1856

Quem tanto influenciou (e influencia) a academia que idéias de Karl Marx? Então copio do blog "Cartas en La Noche", a carta de "Carlos" a sua Jenny. Em espanhol porque língua linda, para amar...
(ver em: http://cartasenlanoche.blogspot.com/2010/01/carta-de-carlos-marx-jenny-von.html e http://www.achegas.net/numero/dezesseis/anna_marina_16.htm)


21 de junio de 1856

Querida mía:

De nuevo te escribo porque me encuentro solo y porque me apena siempre tener que charlar contigo sin que lo sepas ni me oigas, ni puedas contestarme. Por más malo que sea tu retrato, me sirve perfectamente, y, ahora, comprendo por qué perfectamente, y por qué hasta las "lóbregas madonnas", las más imperfectas imágenes de la Madre de Dios, podían encontrar celosos y hasta más numerosos admiradores que las imágenes buenas. En todo caso, ninguna de esas oscuras imágenes de madonna ha sido tan besada, ninguna ha sido mirada con tanta veneración y enternecimiento, ni adorada tanto como esta foto tuya, que si bien no es lóbrega, sí es sombría, y en modo alguno representa tu hermoso, encantador y "dulce" rostro que parece haber sido creado para los besos. Yo perfecciono lo que estamparon mal los rayos del sol y llego a la conclusión de que mi vista, por muy descuidada que esté por la luz del quinqué y el humo del tabaco, es capaz de representar imágenes no sólo en sueños, sino también en la realidad.

Te veo, siento, toda delante de mí, como de carne y hueso... el falso y vacío mundo se forma una idea superficial y equivocada de las personas. ¿Quién entre mis numerosos calumniadores y maldicientes enemigos me ha reprochado alguna vez valer para el papel de primer galán en cualquier teatro de segunda categoría? Pero es que soy así. Si esos canallas tuvieron siquiera una gota de sentido del humor, habrían garrapateado en el anverso "relaciones de producción y cambio" y en el reverso me habrían dibujado postrado a tus pies, "mire este dibujo y el otro", rezaría la inscripción. Pero los canallas son tontos y seguirán siendo necios in secula seculorum.*

La separación temporal es útil ya que la comunicación constante origina la apariencia de monotonía que lima la diferencia entre las cosas. Hasta las torres de cerca no parecen tan altas, mientras que las minucias de la vida diaria, al tropezar con ellas, crecen desmesuradamente. Lo mismo sucede con las pasiones: los hábitos consuetudinarios que, como resultado de la proximidad se apoderan del hombre por entero y toman forma de pasión, dejan de existir tan pronto desaparece del campo visual su objeto directo. Las pasiones profundas, que como resultado de la cercanía de su objetivo se convierten en hábitos consuetudinarios, crecen y recuperan su vigor bajo el mágico influjo de la ausencia.

Así es mi amor. Al punto que nos separa el espacio, me convenzo de que el tiempo le sirve a mi amor tan solo para lo que el sol y la lluvia le sirven a la planta: para que crezca. Mi amor por ti, cuando te encuentras lejos de mí, se presenta tal y como es en realidad: como un gigante; en él se concentra toda mi energía espiritual y todo el vigor de mis sentimientos.


Adiós, querida mía, te mando a ti y a nuestras hijas miles y miles de besos.


Tu Carlos.

PERDÃO (2013)


O meu erro foi querer andar sozinho
E pensar que nesse instante
Eu iria conseguir sem você

O meu erro foi pensar que por acaso
Num arco-iris de ouro puro
Eu iria tropeçar

O meu erro foi tentar ser um garimpo
Construir–me um monte Olimpo
Com poesias e sem dor

Bate-bate, bumerange e role-play
Muitas coisas que eu não sei
Já estavam no meu coração

O meu erro foi seguir com aventura
E sentir que cada dia
Eu iria superar

Duvidar e crescer conhecimento
Me entregar por um momento
Na aventura de existir

E aqui, nada tem que remova esta dor

O meu erro deve ser gloficado
Pois saber que estava errado
Permitiu-me ressurgir e voltar a amar

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Armandomendiando a saudade*... (2013)

Email de Armando Mendes sobre este Blog. Jan. 2012.


*Se há um intelectual que "pensou" - com poesia - a participação da educação superior na Amazônia, este se chama Armando Dias Mendes... que se foi em 18 de junho de 2012. Ao seu tempo e além do seu tempo, no lirismo (saudoso) de seus emails... [Se não visualizar, clique na imagem.]