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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

UMA COLINA (*2012-Junior Lopez)

Uma fogueira. Uma barraca. Duas pessoas. Uma lua. Colina. Um charmoso igarapé abaixo. Do outro lado árvores grandes. Densa. Verde. O céu escurecendo. Sol e lua. 
Um papo. Uma conversa. Aquele segredo. Duas pessoas conversando. Já se conhecem. Bebem alguma coisa. É bom! Uma sensação estranha. Uma vontade de pensar que tudo está ali. Tudo é tão simples. 
Uma distancia. Um medo. Uma solidão. Do outro lado seguem árvores grandes. Outra vontade de pensar que tudo é seu. Tudo está tão próximo.
Naquele dia uma energia reaparece. Naquele momento em que não se pensa em mais nada. Não se fala. Aquele momento em que se ouve o que não foi dito. Se sente. Sentado observa. Outra vontade de pensar que tudo já está ali. Tudo está tão dentro.
As vezes. Talvez sempre dá um vontade de pensar. E se pensa. Uma embriaguez toma o corpo sem bebida. Mas, se bebe. Se embriaga. Dá uma vontade de pensar que tudo já se sente. Tudo faz sentido. E é só seu.
Se despede. Uma fogueira. Uma barraca. Duas pessoas. Uma lua. Colina. Um charmoso igarapé que já não se vê. A noite esconde. Esconde o desejo. Dentro da barraca um sonho. E outra vontade de pensar em não acordar ali. Tudo mudou. Tudo lembra um talvez.



(Professor da UNIR, Curso de Teatro. *Copiei do Facebook dele. Não mandei ser tão bom... oras!)