domingo, 20 de janeiro de 2013

PERDÃO (2013)


O meu erro foi querer andar sozinho
E pensar que nesse instante
Eu iria conseguir sem você

O meu erro foi pensar que por acaso
Num arco-iris de ouro puro
Eu iria tropeçar

O meu erro foi tentar ser um garimpo
Construir–me um monte Olimpo
Com poesias e sem dor

Bate-bate, bumerange e role-play
Muitas coisas que eu não sei
Já estavam no meu coração

O meu erro foi seguir com aventura
E sentir que cada dia
Eu iria superar

Duvidar e crescer conhecimento
Me entregar por um momento
Na aventura de existir

E aqui, nada tem que remova esta dor

O meu erro deve ser gloficado
Pois saber que estava errado
Permitiu-me ressurgir e voltar a amar

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Armandomendiando a saudade*... (2013)

Email de Armando Mendes sobre este Blog. Jan. 2012.


*Se há um intelectual que "pensou" - com poesia - a participação da educação superior na Amazônia, este se chama Armando Dias Mendes... que se foi em 18 de junho de 2012. Ao seu tempo e além do seu tempo, no lirismo (saudoso) de seus emails... [Se não visualizar, clique na imagem.]

domingo, 20 de maio de 2012

AMOR LÍQUIDO* (2012 - Fragmento Facebook _ Juliano Cedaro)



"O amor (...) é a vontade de cuidar, e de preservar o objeto cuidado. Um impulso centrífugo, ao contrário do centrípeto desejo. Um impulso de expandir-se, ir além, alcançar o que "está lá fora". Ingerir, absorver e assimilar o sujeito no objeto, e não vice-versa, como no caso do desejo. Amar é contribuir para o mundo, cada contribuição sendo o traço vivo do eu que ama. No amor, o eu é, pedaço por pedaço, transplantado para o mundo. O eu que ama se expande doando-se ao objeto amado. Amar diz respeito a auto-sobrevivência através da alteridade. E assim o amor significa um estímulo a proteger, alimentar, abrigar; e também à carícia, ao afago e ao mimo, ou a — ciumentamente — guardar, cercar, encarcerar".
BAUMAN, Zygmunt. AMOR LÍQUIDO: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2004. p. 23


(Fragmento FACEBOOK de Juliano Cedaro (prof. UNIR - 19-05-2012)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

AMOR-SAFRA27 (ou do poemeu de Cesar 2012)


AMOR-SAFRA27 João CESAR Silveira da Costa
(2012)

É estranho que eu pense

em momentos como assim
que esqueceste de mim...
Sou algo que te pertence,
toma tento menininha,
que esta consistência minha
não se perde, não se vence!!!

É que tanto tempo eu
quedo nesse vira-e-mexe...
‘stou pior que um lacambeche
que até o tempo esqueceu!
Mas eu tenho meus cuidados!
Tenho escondido uns guardados
que Alzheimer não corroeu.

Eu fico bem à vontade
pra te contar, num repente,
que sinto é “falta da gente”...
Nós dois, em normalidade.
Sei, não é esquecimento.
Quando muito é “passamento”
enquanto, em mim, é saudade.

E a saudade é um travesseiro
pra descansar a cabeça
e fazer que não pereça
nunca, em mim, teu paradeiro.
Minha mente eu trago adrede.
Porque, se um desafio me pede...
Eu quero é sacar primeiro!


* Querendo ser uma “ode aos amores resistentes ao tempo”.”
PVH-14/01/12

quarta-feira, 2 de maio de 2012

... é uma arte!

Sexo é arte. É uma forma de Arte.
Beijos e abraços são pincéis.
Saber usa-los, senti-los e escolhe-los é bendição.

Sexo é arte. O corpo uma tela.
Deslizar os lábios, apertar com aceite...
Longe de puro romantismo, é sabedoria.

Sexo é Arte. Com os beijos e abraços
pinta-se o desejo unido à certeza
de que o kamasutra tem razão

Sexo, Corpo, Arte.
Não é possível ser de qualquer coisa ou alguém,
Um único momento, com pinceis alucinados, criar uma aquarela

Entre beijos de arco-iris e abraços de tesão
Sendo sexo uma arte e amor passo-a-passo em vinte dedos
Tem-se o corpo para o tempo eterno da inspiração

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Sem Mim

parece que minha vida, sendo minha, não faz sentido
e com apenas um sopro roubaram-me a oportunidade de ser Eu

ando tanto sem mim para cuidar dos outros
e as vezes de ser tão-outros permaneço sem mim

dói, dó e confusão se remoem em um nada
a mente não pára e tanto não pára que mente
sem sentido para minha vida, que não sei de quem é

terça-feira, 3 de abril de 2012

Bir Sanattir

O que acontecerá
Se eu parar de me dar
E se quando gostar...  bir sanattır
E se tornara uma forma de ir

De grande amizade se trata o prazer
Ir e vir, sem ter medo, recorrer?
O que acontecerá
Se eu parar de temer?

bir sanattir
é saber fugir.