segunda-feira, 30 de maio de 2011

Decreto ! (2009)

Não serei eu a me ocupar dos mortos
Daqueles cuja a alma é torta
Emburrecem e emudecem a vitória

Não serei eu a me ocupar dos tolos
Daqueles que guardam inconfessaveis agouros
Invejam e torturam quaisquer conquistas e todos os louros

Não serei eu a me ocupar dos insidiosos
Daqueles que guardam indecências ébrias
Maculam e oprimem esperanças sérias

Não serei eu a gritar de rompante,
Como se capitulasse na guerra ou fosse dela amante !

Não serei eu a me ocupar das vidas alheias
Daqueles aracnideos, venenosos, tecendo teias
Enlouquecidos diante da felicidade que ao outro permeia

Não serei eu a ocupar-me.
Mas certamente estarei eu, com outros milhares, a combatê-los
(Porto Velho, 28 de dezembro de 2009)

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