[FRAGMENTOS DE MARCELLO SABINO*...]
[extraído de comentário extenso postado em FACEBOOK por ocasião da discussão sobre as eleições na UNIR].
"...o único espaço para esta defesa da UNIR que queremos continuará sendo o Forum, defender este espaço, penso, é defender uma gestão aberta, transparente, democrática e participativa. Ai, meus caros, as atitudes respondem por si, as atitudes daqueles que submeteram seus nomes ao Fórum, que aceitaram as condições, que entenderam que uma Universidade não se faz sozinho, as ações daqueles que defendem este espaço é que contam. E por favor, não aceito o argumento de que não tinha tempo porque estava trabalhando pela UNIR, de que estava estudando para isso ou para aquilo, todos nós fomos convocados para Comissões ou cargos e, mesmo, assim, continuamos com o Fórum, continuamos com a luta, acredito nisso, e penso que não podemos, mais uma vez nos deixar enganar, entregar novamente esta Universidade a grupos que tem interesses outros que não o ensino público de qualidade..."
(*A meu ver "na ponta dos dedos" uma louca paixão por uma Universidade que precisa, urgentemente, ser refeita. O fragmento não precisa de contexto no meu Blog. Quero a poesia e o tesão do texto, aqui.)
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
UMA COLINA (*2012-Junior Lopez)
Uma fogueira. Uma barraca. Duas pessoas. Uma lua. Colina. Um charmoso igarapé abaixo. Do outro lado árvores grandes. Densa. Verde. O céu escurecendo. Sol e lua.
Um papo. Uma conversa. Aquele segredo. Duas pessoas conversando. Já se conhecem. Bebem alguma coisa. É bom! Uma sensação estranha. Uma vontade de pensar que tudo está ali. Tudo é tão simples.
Uma distancia. Um medo. Uma solidão. Do outro lado seguem árvores grandes. Outra vontade de pensar que tudo é seu. Tudo está tão próximo.
Naquele dia uma energia reaparece. Naquele momento em que não se pensa em mais nada. Não se fala. Aquele momento em que se ouve o que não foi dito. Se sente. Sentado observa. Outra vontade de pensar que tudo já está ali. Tudo está tão dentro.
As vezes. Talvez sempre dá um vontade de pensar. E se pensa. Uma embriaguez toma o corpo sem bebida. Mas, se bebe. Se embriaga. Dá uma vontade de pensar que tudo já se sente. Tudo faz sentido. E é só seu.
Se despede. Uma fogueira. Uma barraca. Duas pessoas. Uma lua. Colina. Um charmoso igarapé que já não se vê. A noite esconde. Esconde o desejo. Dentro da barraca um sonho. E outra vontade de pensar em não acordar ali. Tudo mudou. Tudo lembra um talvez.
(Professor da UNIR, Curso de Teatro. *Copiei do Facebook dele. Não mandei ser tão bom... oras!)
Um papo. Uma conversa. Aquele segredo. Duas pessoas conversando. Já se conhecem. Bebem alguma coisa. É bom! Uma sensação estranha. Uma vontade de pensar que tudo está ali. Tudo é tão simples.
Uma distancia. Um medo. Uma solidão. Do outro lado seguem árvores grandes. Outra vontade de pensar que tudo é seu. Tudo está tão próximo.
Naquele dia uma energia reaparece. Naquele momento em que não se pensa em mais nada. Não se fala. Aquele momento em que se ouve o que não foi dito. Se sente. Sentado observa. Outra vontade de pensar que tudo já está ali. Tudo está tão dentro.
As vezes. Talvez sempre dá um vontade de pensar. E se pensa. Uma embriaguez toma o corpo sem bebida. Mas, se bebe. Se embriaga. Dá uma vontade de pensar que tudo já se sente. Tudo faz sentido. E é só seu.
Se despede. Uma fogueira. Uma barraca. Duas pessoas. Uma lua. Colina. Um charmoso igarapé que já não se vê. A noite esconde. Esconde o desejo. Dentro da barraca um sonho. E outra vontade de pensar em não acordar ali. Tudo mudou. Tudo lembra um talvez.
(Professor da UNIR, Curso de Teatro. *Copiei do Facebook dele. Não mandei ser tão bom... oras!)
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
I may...* (2012 - Fragmento Eduardo Fiori)
One day, I may
but not today
One night, I might
but not tonight
One day I may
One night I might
but today
I think
I will stay
.............
*um brinde via facebook do meu amigo Fiori. perfect ! (ele nao me disse o autor. 2012)
but not today
One night, I might
but not tonight
One day I may
One night I might
but today
I think
I will stay
.............
*um brinde via facebook do meu amigo Fiori. perfect ! (ele nao me disse o autor. 2012)
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
SUPLÍCIO DE UM AMOR UNIVERSAL (1987 - Stanislau*, UNIR)
Buscando no teu ser a completude
Dest'outro que bipartido outrora
Permaneci como d'antes: metade
Fragmento andarilho de uma procura
Da angústia de te esperar despojei-me
Sentindo-me Tântalo em plena fonte
Outra escolha não tive, nem pedi
Pois Cronos não parou; envelheceu-me
O Loureiro de Apolo não é nada
É símbolo menor da dor sentida
Se em prantos é minh'alma revelada
Dói minha orfandade, Ó Madrinha Fada!
Teu afilhado tem a alma ferida
Só por querer amar... metade errada!
.......................
*Stanislau quando acadêmico do curso de Letras na UNIR agraciou-me com a declamação deste soneto no CCPC - Concurso de Crônicas, Poesias e Contos que nós, no DCE da UNIR, realizavamos todos os anos. Isso foi 1987. Nunca esqueci e considero um soneto precioso. Quem foi meu aluno já me ouviu declama-lo inúmeras vezes. Quase não vejo Stanislau, mas o tenho nesse memoravel soneto.
Dest'outro que bipartido outrora
Permaneci como d'antes: metade
Fragmento andarilho de uma procura
Da angústia de te esperar despojei-me
Sentindo-me Tântalo em plena fonte
Outra escolha não tive, nem pedi
Pois Cronos não parou; envelheceu-me
O Loureiro de Apolo não é nada
É símbolo menor da dor sentida
Se em prantos é minh'alma revelada
Dói minha orfandade, Ó Madrinha Fada!
Teu afilhado tem a alma ferida
Só por querer amar... metade errada!
.......................
*Stanislau quando acadêmico do curso de Letras na UNIR agraciou-me com a declamação deste soneto no CCPC - Concurso de Crônicas, Poesias e Contos que nós, no DCE da UNIR, realizavamos todos os anos. Isso foi 1987. Nunca esqueci e considero um soneto precioso. Quem foi meu aluno já me ouviu declama-lo inúmeras vezes. Quase não vejo Stanislau, mas o tenho nesse memoravel soneto.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Let's go and Goodbye (2012)
E se é tão grande
E se é tão forte
E se não estás no Norte
E se é tão quente
Que alegrias temos
Por ser tão diferente
Hosgeldiniz !
é o que se sente
*dessas coisas que só a alegria de estar vivo traz.
E se é tão forte
E se não estás no Norte
E se é tão quente
Que alegrias temos
Por ser tão diferente
Hosgeldiniz !
é o que se sente
*dessas coisas que só a alegria de estar vivo traz.
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Wal Brasil
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Querem me convencer !? Não sou Nada? (2011)
Querem me convencer de que não sou nada
De que tenho que "ficar bem"
De calar a boca e não contestar demasiado.
Me convencem todos os dias
de que não sou mais uma tola estudante
queimando bonecos ou construindo Judas em abril
para sinalizar que ainda existe indignação
por algo, alguém ou alguma coisa
Demonstram-me todos os dias
que tenho que "portar-me bem".
Devo escrever todos os dias sobre coisas sérias
...e me abandonar
Ser mais polida. Mais contida. Mais atenta. Mais capaz.
Convencem-me todos os dias
sobre o que vestir, pois meu corpo
já não representa uma boniteza estética
dos saudáveis modos de vida até os trinta anos (ou menos!)
Sobre como me educar. Sobre ser sempre prudente e oportuna.
Convencem-me, todos os dias! (todos eles!)
que a sabedoria está em sentar em uma mesa e...
e promover um diálogo de loucos:
baseado exclusivamente no fato de que todos os que estão à mesa
não estão verdadeiramente falando sobre o que gostariam.
Tergiversam, indefinidamente, suas intenções, posturas, olhares e palavras.
Querem me convencer de que não sou nada.
Nada do que faço, fiz ou fui existiu.
Do passado, nem as memórias. Pois:
"As memórias, remoídas transformam-se em rancor", alertam-me
os maduros e mais competentes e equilibrados humanos que conheço.
Então, cada ato passado, que fique ali. Que fique lá!!!
Mas o que fazer quando a esperança é permanente?
Parece tão agora, tão Ágora?
Que bom fazer a coisa certa. Ah! que bom!
Que é bom sorrir e tornar absolutamente tudo divertido??
Como não sou nada, se a cada dia
se reescreve e se reinventa a nossa habilidade de indignação...
se apesar da idade, gordura, cabelos brancos, enxaqueca
podemos apostar no olhar, na irreverência, na alegria,
em outras formas de estar pulsante?
De rir da farsa? De desfazer-se dela... com o jeito de cada qual
cada vez mais criativamente cada-qual
Como não sou nada? Se há o presente em sentimento?
e nem consigo dizer quanto valem? e mais:
nem me importa saber quanto valem!
Puxa! Por que não sou nada?
Quem não é nada diante de tanta vida?
Talvez os que não tenham a vida para valer-se dela.
Uma bosta que eu não sou nada, babaca!
De que tenho que "ficar bem"
De calar a boca e não contestar demasiado.
Me convencem todos os dias
de que não sou mais uma tola estudante
queimando bonecos ou construindo Judas em abril
para sinalizar que ainda existe indignação
por algo, alguém ou alguma coisa
Demonstram-me todos os dias
que tenho que "portar-me bem".
Devo escrever todos os dias sobre coisas sérias
...e me abandonar
Ser mais polida. Mais contida. Mais atenta. Mais capaz.
Convencem-me todos os dias
sobre o que vestir, pois meu corpo
já não representa uma boniteza estética
dos saudáveis modos de vida até os trinta anos (ou menos!)
Sobre como me educar. Sobre ser sempre prudente e oportuna.
Convencem-me, todos os dias! (todos eles!)
que a sabedoria está em sentar em uma mesa e...
e promover um diálogo de loucos:
baseado exclusivamente no fato de que todos os que estão à mesa
não estão verdadeiramente falando sobre o que gostariam.
Tergiversam, indefinidamente, suas intenções, posturas, olhares e palavras.
Querem me convencer de que não sou nada.
Nada do que faço, fiz ou fui existiu.
Do passado, nem as memórias. Pois:
"As memórias, remoídas transformam-se em rancor", alertam-me
os maduros e mais competentes e equilibrados humanos que conheço.
Então, cada ato passado, que fique ali. Que fique lá!!!
Mas o que fazer quando a esperança é permanente?
Parece tão agora, tão Ágora?
Que bom fazer a coisa certa. Ah! que bom!
Que é bom sorrir e tornar absolutamente tudo divertido??
Como não sou nada, se a cada dia
se reescreve e se reinventa a nossa habilidade de indignação...
se apesar da idade, gordura, cabelos brancos, enxaqueca
podemos apostar no olhar, na irreverência, na alegria,
em outras formas de estar pulsante?
De rir da farsa? De desfazer-se dela... com o jeito de cada qual
cada vez mais criativamente cada-qual
Como não sou nada? Se há o presente em sentimento?
e nem consigo dizer quanto valem? e mais:
nem me importa saber quanto valem!
Puxa! Por que não sou nada?
Quem não é nada diante de tanta vida?
Talvez os que não tenham a vida para valer-se dela.
Uma bosta que eu não sou nada, babaca!
terça-feira, 31 de maio de 2011
Estações homini (1996)
As vezes fico pensando nos homens... talvez
desejando-os.
Como seriam se fossem comparáveis as estações do ano ?
Tanto que os saboreio ou divertem-me ! Seria bom vê-los assim:
Alguns são como o Verão. Chegam calientes, sudorosos.
Eu, de minha parte sinto-os quentes, mas as vezes de
tão aquecidos, queimam e embrutecem.
Amor com eles tem pouca distinção entre uma caminhada
infernal de meio-dia
Ou um exercício intenso em uma academia de ginástica.
Servem muito
para amar, mas pouco para descansar.
Outros, comparáveis ao outono, tem uma alma
desfolhada... uma promessa de frutos.
Eu, de minha parte, sinto-os delicados, transitórios. Incumplidos, indecisos.
Amor com eles sugere infidelidade. Precisam de tempo e
de fé para serem cativados.
Procuram a lembrança de que ainda são caçadores.
Aqueles que se prestam a primavera pretendem alegria,
extravagâncias, aventuras.
Colorir o mundo ou a vida é “experimentar” o dom de
iludir-se.
Entendem a delicadeza do Buffet, do Menu, do Petit Gauteau e da decoração do
ambiente.
De tão delicados, amor com eles sugere uma experiência
lésbica... ou o cúmulo da educação em pedir para ver a langerie em lugar de retira-las de você, enquanto escorre a
champanhe no seu corpo.
Alguns homens porém insistem em ser inverno. Precisam
respirar firme, esfregar as mãos, manter o silêncio... concentram-se para não
falhar.
Fecham os olhos nas preliminares. Mordem os lábios
para manter o ritmo. Espremem o próprio corpo quando se sentem intensos. Temem
agradecer. Desconhecem o outro corpo.
Auto-centrados, perdem-se nos próprios pensamentos.
Ama-los é decidir entre o Titanic ou
o Iceberg.
Homens. Estações do ano.
De tanto vê-los ou amá-los eu de minha parte prefiro-os
quando amazônicos: quentes e úmidos !
(Monterrey, NL, Mx, 1996)
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