Ser de mel
Brilho que encanta
Alegria de paz
Canto de amor
Canto que faz
Dia de luz
Dia de paz.
Estou aqui.
Ainda.
Pelas mulheres de maio.
Pelos homens de outono.
Pela honestidade da luta.
Ainda estou aqui, tal qual estive "Logo Ali"
porque é ali que ela mora.
Bem pertinho da nossa cegueira.
Não tenho o tamanho de um prêmio.
Tenho a esperança de um Porto
Tenho o cultivo de um horto.
Tenho a liberdade da arte...
A-Grael do humano.
Suspirando em um Monte, numa estação de histórias...
subindo as Torres... traduzindo livros
De um filho que, após anos, documentou um pai.
Não desejo o prêmio, por eles.
Celebro a vida de poder ser povo.
Celebro o momento de ser eu mesma.
E no fim de uma memória, contemplar a História.
Recusar desaparecer.
Ser serva do presente.
E me fazer contente.
Quando o indizível, torna-me visível.
(*sobre a indicação ao Oscar 2025)
Um silêncio que ensurdece
Uma página onde não se escreve
Sonoros "nãos" que empalidecem
Uma alma... que se embrutece.
...
shhhh !!
Único ser que se forma
Na calada das dores que afloram
Iras contidas da colonização de mentes (dementes?)
Razões que assombram, mas brilham na Alma
(-)
Vamos?
Ontem,
Sobra.
*composto durante o evento Mormaço Cultural, Porto Velho - RO. Pequenas alterações em relação ao original.