quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Mendacidades Tartufistas* (2025)

 


Vestem-se de luz, 

mas exalam enxofre. 

Juram por causas que nunca abraçaram, 

e pregam afetos que jamais sentiram.

São os doutores do vazio, 

os mestres da sinecura, 

com diplomas pendurados em paredes estéreis 

e corações blindados por verniz teórico.

Fazem da mentira um método, 

do fingimento, uma tese. 

E entre colóquios e likes, 

canonizam a própria irrelevância.

Chamam de empatia o que é marketing, 

de inclusão o que é autopromoção. 

Mas entre os bastidores, 

são especialistas em excluir com elegância.

Virtuosos de ocasião, 

pregadores de afeto sob demanda, 

vendem compaixão em embalagens recicláveis 

e compram prestígio com jargões e palmas.

Que se rasgue o véu, 

que se quebre o script,

 porque há verdades demais 

sufocadas sob esse este espelho de pseudo-virtudes.


*imagem e revisão produzida por IA Co-Pilot (2025)

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

LIVRE (2025)

 











Logo penso que em um dia, tudo passa

Ignoro se anjos ou demônios sopram ao revés

Vejo um futuro que não me assombra; ao contrário, me acolhe

Resistindo aos dias em que não me escuto

Esperando a suave brisa de um beijo.


Lentamente

Insisto

Veementemente

Revelar

Esperança 


*imagem produzida por IA CoPilot, 2025

quinta-feira, 15 de maio de 2025

CÉU (2025)


 Céu de luz

Ser de mel

Brilho que encanta

Alegria de paz

Canto de amor

Canto que faz

Dia de luz

Dia de paz.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

LIBERDADE (2025)


Dolorosa liberdade tardia

Que me deixa com a alma vazia

Esvaziada de dor e de intenções

Preocupada com aceites, sem razões.


Dolorosa liberdade e tardia vontade de voar

Abraçar o mundo, no melhor dos mundos, não me cobrar

Interpretar o vento, pertencer ao olhar, ao abraço

Chegar em casa, me vê descalço. Em paz.

Longe de obrigações sociais.


Dolorosa liberdade sombria.

Agora há tempo para desfrutar-te... todo o dia

Sem medos, sem vazios, sem clamor.

Ser livre. Sem mendigar estar, onde não estou.

Agora. Eu vou. Eu vôo. 


Eu vejo você. Seu desamor.

Eu me vejo: Livre de dor.


*imagem IA, ChatGPR+Flux-Pro 

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Impõe (2025)








Impõe tua alegria.

Porque de triste,

Bastam os dias...



*Imagem Gerada por IA-FluxPro

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Disperso (2025)


No caso de um mundo que não é teu

Na busca de um mundo que não é possível

No prazo de um mundo que não existe

No lema que não entendo o que ocorre

Respiro porque tudo faz sentido

(Onde  ter sentido é parte do não-processo)

Revogando almas de descobertas

Ignoradas.

Incertas.

Lesas.


*Imagem gerada por IA Gemini Imagem 3

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Torturada-mente (2025)











Engulo a agenda

O gole que engole a pressa

Doendo as vertebras

Em-mente que fervilha

Compromissos

Compassos

Espaços

Dilemas

Fugas

Enfisemas


Colapsa meu tempo

Rasga meu tônus

Quanto tenho de tempo

Quantos dedos refazem

Nas tarefas

Nas farpas

Nas fezes

Nas vezes

Na tosse

Que coça.


Engulo.

Á seco.


*imagem produzida por IA-CoPilot (2025)

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Linda Menina (2025)

*magem gerada IA-FluxPro

Linda menina 

sozinha

quietinha


Dormindo

em nuvens

em planos

em sonhos


Andando

no céu

na lua

no rio


Vivendo

o dia

o sol

ao léu


Linda menina

Tão pura

Tão mel 

quarta-feira, 26 de março de 2025

Ecos do Quadro Branco (2025-IA)


Nas paredes encardidas da sala,  

O quadro branco é o palco.  

Ali, palavras em giz ou marcador  

Brotam como sementes de ideia,  

Algumas germinam, outras se apagam antes do intervalo.


A cadeira rangendo sob o peso da inquietação,  

Estudantes constroem hipóteses frágeis,  

Desconstruídas pelo sopro de um argumento bem posto.  

O professor não é bússola,  

Mas o vento que complica o trajeto.


Pilhas de artigos marcados com notas  

Carregam noites de café frio e olhos vermelhos.  

"O plágio é um abismo!" ecoa no corredor.  

Enquanto a biblioteca, com seu cheiro de papel velho,  

Oferece refúgio aos que enfrentam prazos.


E na mesa redonda do debate,  

Onde ideias colidem como átomos frenéticos,  

Um momento raro: silêncio absoluto.  

É o instante em que a lógica triunfa  

E todos acenam, por dentro, à beleza do saber.


Ali, no caos quase metódico,  

O acadêmico encontra sentido.  

Não na resposta final,  

Mas na pergunta que nunca se cala.


(Autor: Co-Pilot, atendendo ao comando: "Aqui está uma poesia original com inspiração no ambiente acadêmico, sem cair no lirismo')


quarta-feira, 19 de março de 2025

Mau (2025)

 


Ser tão diferente

Que tanta indiferença

Se torna imperativo

Para sobreviver no Nada.


Ser tão impura

Frente aos puros

Lidar com as diferenças

Impostas com indiferença.


Lidar com o mau

Com a indiferença real.


(*imagem gerada por IA Flux)

quarta-feira, 12 de março de 2025

Luz (2025)

 


No cósmico e no telúrico

Como um ponto ou uma ponta

Tenho animus tradutores

Apontando-me a iluminação!


Tenho aura, tenho alma

Tenho ânima, tenho lâminas

Em um sentido, sinto-me inteira

Sou inteira nos pedaços de mim.


No cósmico a química da alegria

No mundo, me visto poesia

Isso tudo celebrando a vida

Sendo plena, em-feliz e luz todos os dias.


NOTA: * (*imagem gerada por IA DALLE)

quinta-feira, 6 de março de 2025

CINCO POEMAS DE JAMESSON BUARQUE* (2016)

Então nos disseram para temer

dizendo-nos que não tínhamos certezas

Chamaram-nos de ignorantes

rebatemos, mas de olhos líquidos

Insistiram que não sabíamos enxergar

respondemos, mas de dedos torsos

Acrescentaram que não tínhamos tato

então, confiamos, saindo do sonho

Dissemo-nos Isto não é certo, não é

não fazemos nada certo, e repetíamos

Isto não é certo, não é, não fazemos nada certo

e cedemos nossa cabeça em bandejas

deixamos nosso corpo e nossa casa

de mãos lavadas dando as costas a cipoadas

sem mais dizer

nada

 [2]

À deriva não, não é à deriva

não há mar, foi sequestrado

quando houve, naquele tempo

quem naufragou, as horas suprimiram

No mar, quando alguém sucumbe

até o nome dos ossos se afogam

Não, não é, não é à deriva

não há túnel de vento, nem vento

a brisa já é uma velha desconhecida

quem a conheceu, o cemitério levou

Num túnel de vento, quem se perde

até as horas não presenciam

Estamos na escrita arruinada

sem morfologia nem sintaxe

e de nossa voz, o passado

já se olvidou que fomos um povo

Na ruína, do que fomos

nem o pesadelo resta

 [3]

Somos insolúveis, e isso

não é drama, é tragédia

Olhamos adiante para repetir ontem

e quando envelhecemos

voltamos ao pretérito

Aí as horas nos enrijecem e jamais

tornamo-nos monumentos

Não nos adianta feriados nem férias

continuamos adiante

sem linha obtusa nem curva

Seguimos à vela, queimando

até extinguir nossas pernas

 [4]

Não, nenhuma época foi

mais nem menos indigente do que esta

sabemo-nos existentes, é patente

somente da que vivemos, e não adianta

recorrer às enciclopédias

nem se imaginar no ciclo das águas

nelas não nos misturamos e passam

mas amamos, é verdade

uma sobressaltada mansidão

e até aprendemos a fabricar a calma

contudo, também odiamos

ou nos entregamos à invisibilidade

 [5]

Para expatriar-se desta terra

sequer

precisamos sair dela

nem devemos

basta permanecer em seu colo

que logo sem teima

o exílio um dia chega

Estarmos lá não dá saudade daqui

que aqui já é

o lugar da ausência

Se alguém acaso disser Há horizontes

sabe-se, há horizontes em todo lugar

Se fizermos uma faxina

um dia

em todos os palácios desta terra e transformá-los

em casas de festa e de oferendas

aí deixaremos de aguardar

horas inexistentes

*Professor da Universidade Federal de Goiás - UFGO

(FONTE: https://ermiracultura.com.br/2016/12/02/cinco-poemas-de-jamesson-buarque/?form=MG0AV3)

CURADORIA: Curadoria de Luís Araujo Pereira

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Transparência! (Dom Zairo, 2025)


...POESOANALISE... 

Dom Zairo, Professor UNIR

Campus Rolim de Moura

21.02.2025


Não há nas escolas

Uma patifaria mais

Badalada, mais

Queridinha da

Maioria dos mestres

E doutores

Que, transparência!

Porém,

Por trás dessa queridinha,

Rola de tudo:

Um falando dos outros

Pelas costas,

Outros puxando o tapete

De um,

Também pelas costas. 


dom zairo


(*Dom Zairo divulga muito das suas produções por WhatsApp)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

MAIS PERTO (Jadson Porto, 2025)

 


MAIS PERTO

Jadson Porto, 15/02/2025*








Chegue...

Chegue mais perto 

Minha poesia...


Seja...

Seja minha poesia 

Minha fantasia 

Minhas sensações 

Minha sintonia.


Sou o seu poeta

Dentro de ti

Que explode em versos 

Quando chegasse a mim.


Sois minha poesia 

Minha música te dei 

Sinta, minha poesia 

Que um dia te dei.


Chegue mais perto 

Minha poesia 

Traga consigo sua alegria 

Enquanto sigo a travessia.


Sou o seu poeta 

Eu sou o seu autor

Que conduz a pena

Na folha, o criador.


Chegue mais perto 

Minha poesia 

E alegre

Minha estesia.


*Professor Jadson Porto, docente na Universidade Federal do Amapá.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Pressão e o Tempo (2025)

 

              *imagem produzida por IA-CoPilot, 2025.

Sobre mim a pressão do "tempo"

Esse tempo que não existe.

Esse tempo que é tempo do nada.

Esse tempo que é compromisso do lugar nenhum.

Do peso do inexistente

Do tempo para algum propósito

Que é o propósito de não ter tempo


Sobre mim a pressão do nada

Do inexistente que não caminha

Da vida que só termina

Nos ponteiros de um relógio

Que faz um tic-tac analógico

Que faz um nada astral

Que conta o indizível


Sobre mim a pressão

De ver que nada está realizado

Na mente do que foi construído

No corpo que envelhece

E pulsa pelo que não está feito.

Oh tempo do tempo que tem no tempo seu próprio tempo!

O tempo do não-ter-jeito...

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Central de Almas* (2025)

 Estou aqui.

Ainda.

Pelas mulheres de maio.

Pelos homens de outono.

Pela honestidade da luta.

Ainda estou aqui, tal qual estive "Logo Ali"

porque é ali que ela mora. 

Bem pertinho da nossa cegueira.

Não tenho o tamanho de um prêmio.

Tenho a esperança de um Porto

Tenho o cultivo de um horto.

Tenho a liberdade da arte... 

A-Grael do humano.

Suspirando em um Monte, numa estação de histórias... 

subindo as Torres... traduzindo livros

De um filho que, após anos, documentou um pai.

Não desejo o prêmio, por eles.

Celebro a vida de poder ser povo.

Celebro o momento de ser eu mesma.

E no fim de uma memória, contemplar a História.
Recusar desaparecer.

Ser serva do presente.

E me fazer contente. 

Quando o indizível, torna-me visível.


(*sobre a indicação ao Oscar 2025)